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Bancos de Cilindros

Manutenção x Extração

09 de Fevereiro de 2021

Bancos de Cilindros

O PROCESSO DE MOAGEM DE TRIGO EM BANCOS DE CILINDROS PROPICIOU GRANDES AVANÇOS TECNOLÓGICOS E PRODUTIVOS NOS MOINHOS

Mais de 100 anos se passaram da sua invenção e instalação nos moinhos, sendo ainda hoje o principal equipamento de transformação de produtos nessa atividade. Melhoramentos estruturais foram introduzi- dos nesse período, tornando-os mais leves, resistentes, produtivos, confiáveis, seguros e até evolução no design. Em razão da importância que representam no processo de moagem (% extração), e ante o seu significativo preço de aquisição, a atenção com manutenção deve ser redobrada.

 

PARA SE OBTER O SEU MELHOR RENDIMENTO, É NECESSÁRIO QUE TODO O EQUIPAMENTO ESTEJA EM CONFORMIDADE COM UMA SÉRIE DE DETALHES QUE SE SEGUEM:

  • Dimensionamento correto das cargas no equipamento;
  • Alimentação constante sem flutuação de cargas;
  • Sistema de controle e uniformidade de cargas;
  • Instalação em base sólida, firme, sem possibilitar vibrações e perfeitamente nivelada;
  • Rolos alimentadores limpos, com altura da régua dosadora bem nivelada, rotação adequada e etc;
  • Chamas Defletoras bem direcionadas para o centro dos rolos de moagem e limpas;
  • Controle de qualidade de peças de reposição, bem como, rolos com superfícies adequadas ao serviço, com pontas sem desgastes, empenamento e balanceados;
  • Fidelidade no controle de umidade, mescla, e continuidade de matéria prima;
  • Otimização de manuseio do equipamento com treinamento do pessoal operante;

 

É FUNDAMENTAL NUM SISTEMA DE MOAGEM QUE OS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS CONSIDEREM QUEM:

  • O banco de cilindro é um equipamento pesado, robusto, sensível e perigoso;
  • Se bem utilizado, com excelência na manutenção, não apresentará problemas para a produção. No entanto, se a manutenção e operação não forem respeitadas com rigor, o equipamento se tornará problemático, perigoso e comprometedor, no âmbito técnico, econômico e funcional, podendo até inviabilizar o moinho

Tratando especificadamente dos rolos, não é exagero afirmar, que as perdas em extração, dentre tantas quem podem ser detectadas num diagrama de moagem, têm relação direta com sua incorreta manuten- ção. O seu desempenho dos rolos deve ser acompanhado por avaliações e controle sistemático na moa- gem. Com o aumento da rotação das máquinas e o encurtamento dos moinhos houve aumento significa- tivo do trabalho nos rolos, atrito e consequentemente a temperatura. Com o aumento de temperatura dos rolos, logicamente, há maior dilatação. Isto vem exigindo uma rigorosa precisão no controle dimensional dos rolos.

Esse assunto contém muitas particularidades, que variam de moinho para moinho, dada as diferenças existentes nos tipos de trigo, comprimentos da moagem e das velocidades dos rolos.

 

PARA EXEMPLIFICAR A IMPORTAÇÃO DOS ROLOS EM RELAÇÃO A UMA EFICIENTE EXTRAÇÃO, EM RECENTE VISITA A UM MOINHO FORAM CONSTATADAS AS SEGUINTES FALHAS DE MANUTENÇÃO.

  • Raias desgastadas pelo tempo de uso;
  • Rolos lisos queimados, gastos;
  • Pontas de rolos gastas, empenadas;
  • Rolos desbalanceados;
  • Deficiência na limpeza (raspadores), etc;

CORRIGIDAS ESSAS DEFICIÊNCIAS, OS RESULTADOS AFERIDOS SE DESTACARAM COM UM ACRÉSCIMO DE 1,75% NO ÍNDICE DE EXTRAÇÃO. AO SE VALORIZAR ESSE RESULTADO, A PREÇOS CONCORRENTES, O QUADRO QUE SE OBSERVOU, FOI O SEGUINTE:

 

Ao se projetar esses resultados a um moinho que moa em média 100t./dia, não é difícil se constatar um ganho financeiro mensal na ordem de R$ 41.418,00/mês (100t.x 26 dias = 2600t./mês x R$ 15,93/t.).

A análise desses números comprova a necessidade impositiva de se realizar, de forma sistemática, uma manutenção preventiva e/ou corretiva nos bancos de cilin- dros, principalmente no que tange aos rolos, vez que a compensação vem sempre em ganhos de extração, e consequentemente em ganhos financeiros. Raiação correta não é despesa, é investimento em resultados.

 

​Por Dalny Jeferson Simioni

 

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